Notícias

Afresp e Amafresp participam do 16º Seminário Unidas

28 abr 2025 • fabieli soares

Com o tema “Transparência e Governança Clínica como pilares para a eficiência na Saúde Suplementar”, o 16º Seminário UNIDAS reuniu mais de 1.500 participantes nos dias 23 e 24 de abril, em Brasília. O evento, promovido pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (UNIDAS), se consolidou como um dos mais relevantes do setor ao debater soluções voltadas à sustentabilidade, à qualidade assistencial e ao uso responsável dos recursos em saúde.

A Afresp e Amafresp estiveram representadas no encontro pelo presidente Rodrigo Spada, pelo diretor da Amafresp, Alexandre Lania, e pela equipe de gerência da autogestão, reafirmando seu compromisso com a constante evolução do modelo de cuidado em saúde.

Na abertura do seminário, o presidente da Unidas, Mário Jorge, destacou avanços importantes para o setor, como o reconhecimento das autogestões como entidades sem fins lucrativos na Reforma Tributária — uma conquista histórica obtida graças à articulação institucional com parlamentares e ao apoio de entidades como a Febrafite. Mário também ressaltou a importância de colocar o paciente no centro do cuidado e de combater o desperdício, visando a sustentabilidade do sistema.

A diretora-presidente interina da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Carla de Figueiredo Soares, reforçou o papel da agência no enfrentamento dos desafios do setor e enfatizou que o foco deve estar no beneficiário. Segundo ela, a regulação das autogestões demanda atenção contínua e a participação social é essencial na construção das normas.

Durante o painel sobre transparência e governança clínica, o médico e professor da Fundação Dom Cabral, Estevão Andrade, afirmou que é preciso evoluir na mensuração de desfechos clínicos em relação aos gastos em saúde. Segundo ele, o conceito de governança clínica, adotado pelo sistema público britânico (NHS), pode contribuir para uma cultura de responsabilização e melhor entrega de valor, ao unir qualidade e custo-benefício nas decisões médicas.

Outro destaque da programação foi o painel de reconhecimento aos apoiadores da Reforma Tributária em favor das autogestões, com a presença do ex-presidente da Unidas Anderson Mendes, do senador Efraim Filho e do deputado federal Pedro Westphalen. Os debatedores reforçaram a relevância da medida para a sustentabilidade das autogestões e para a continuidade da oferta de saúde a milhares de trabalhadores e aposentados, além de apontarem os desafios regulatórios e estruturais ainda enfrentados pelo setor.

No segundo dia de evento, o diretor de Normas e Habilitação de Operadoras da ANS, Jorge Aquino, compartilhou sua experiência à frente da diretoria no painel O Futuro das Autogestões com a Alteração da RN 137. “A norma que regulamenta as autogestões é de 2006 e sua revisão se mostrava realmente necessária. No momento, estamos com a Consulta Pública 153 em andamento, abrindo espaço para que toda a sociedade possa contribuir com o aprimoramento dessa regulamentação. Entre os pontos colocados em discussão, estão: revisão do conceito de grupo fechado de beneficiários (ampliação da elegibilidade), mecanismos que garantam a representatividade dos beneficiários na gestão da operadora e eliminação de restrição compartilhamento de rede”, destacou Jorge Aquino.

O painel também teve a participação do gerente jurídico da Vivest, Augusto Tavares, e foi moderado pelo assessor jurídico da Unidas e da Amafresp, José Luiz Toro da Silva.

Segundo o diretor da Amafresp, Alexandre Lania, o seminário foi de grande relevância por abordar temas essenciais para o fortalecimento das autogestões, como o engajamento dos beneficiários na valorização desse modelo, a gestão eficiente de dados e a busca contínua pela qualidade assistencial como pilares de uma governança clínica eficaz.