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Coqueluche: o que é, quais as fases e como prevenir?

04 out 2024 • fabieli soares

A coqueluche, também conhecida como tosse comprida ou tosse convulsa, é uma doença infecciosa aguda. Ela é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta as vias respiratórias, que levam o oxigênio até os pulmões. No Brasil, a coqueluche é controlada devido à vacinação em massa. Entretanto, o aumento dos casos no país e no mundo chamam a atenção para o tema.

Conheça os sintomas

A coqueluche possui três estágios principais. O primeiro, inclusive, pode ser confundido com um resfriado, mas é preciso estar alerta. Veja quais são as fases:

– Fase catarral: inclui espirros, coriza, tosse leve e, às vezes, febre baixa. Geralmente, dura de uma a duas semanas.

– Fase paroxística: a tosse se intensifica, aparecem os ataques de tosse (paroxismos), com o “guincho” ao inspirar. Vômitos podem acometer as crianças.

– Fase convalescente: a fase anterior diminui, porém o paciente segue com acessos de tosse esporádicos durante semanas.

A tosse comprida pode ultrapassar 10 semanas, agravando o quadro clínico de bebês com menos de seis meses, principalmente. A piora nos casos ocasiona pneumonia, convulsões, otite média ou até mesmo a morte.

Como acontece a transmissão?

Geralmente, a coqueluche é transmitida através de gotículas salivares durante a fala, espirros ou tosse de um indivíduo infectado, o que a torna altamente contagiosa. Especialistas alertam que a infecção acontece com maior frequência na fase inicial da doença.

A bactéria pode ser disseminada por até três semanas após o início dos sintomas ou até que a pessoa contaminada comece o tratamento com antibióticos. Portanto, o período de incubação (intervalo entre o momento do contato com o vírus até o surgimento dos sintomas) varia de 7 a 14 dias.

Como tratar?

O tratamento da coqueluche abrange o uso de antibióticos, como eritromicina ou azitromicina, e outros cuidados de suporte. Em muitos casos, lactantes gravemente doentes necessitam de hospitalização com isolamento respiratório.

Para evitar mais complicações, os médicos costumam realizar a sucção para remover o excesso de muco e a administração de oxigênio. O isolamento do enfermo dura, em média, quatro semanas ou até que os sintomas desapareçam completamente.

O uso de antibióticos ainda na fase catarral contribui significativamente na melhora da doença. Já nas crises paroxísticas, eles não fazem mais efeito clínico direto, entretanto evitam que a pessoa infectada dissemine a bactéria.

Dicas para prevenir

Embora os tratamentos sejam eficazes quando iniciados assim que surgirem os primeiros sintomas, a prevenção continua sendo a estratégia mais indicada de proteção. Por isso, recomendamos:

Manter o calendário completo de vacinação em dia;

Evitar contato com pessoas que apresentem sintomas da infecção respiratória;

Seguir boas práticas de higiene, como lavar as mãos com frequência e cobrir a boca ao tossir ou espirrar.