Notícias

Cota de julho – Estamos negociando bastante com os fornecedores, mas nossa negociação mais importante é com os filiados

30 jul 2021 • admin

Dissemos no relatório de abril de 2021 que o valor médio da cota da Amafresp, se fossem mantidos os padrões de utilização, ficaria próximo de R$ 600,00. Pois bem, com exceção do mês de maio, a utilização tem seguido um padrão observado no período anterior ao da pandemia. Isso explica o valor da cota prevista de julho a ser cobrada em agosto de R$ 580,00.

Portanto, temos dois caminhos para a Amafresp. Ou aceitamos esse nível de uso ou lutamos para baixá-lo. Nesse sentido, iniciamos e manteremos constantemente uma campanha com vídeos e notas sobre como usar o plano de forma consciente. O fato é que existe um padrão ideal para cada tipo de evento – consultas, exames, terapias etc. – referenciado pelo mercado e pela ANS – Agência Nacional de Saúde. A Unidas – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde – também tem um padrão de uso. Em comparação com eles, o padrão da Amafresp está em níveis superiores. Falamos sobre no vídeo 5 da série Uso Consciente, mas o efeito da conscientização dificilmente é imediato. Não desistiremos desse caminho. Faremos um informativo especial sobre estes níveis de uso de referência do mercado. Junto com uma tabela prática de cálculo do valor da cota em função da utilização, ou seja, cada um dos filiados poderá enxergar claramente como poderá contribuir para reduzir o valor da cota.

Fora dessa linha de ação, só nos resta estabelecer limites mais rigorosos e consentâneos com o mercado. Não gostaríamos de chegar a esse ponto, mas pelo benefício da maioria consciente não hesitaremos em propor essa medida.

Conforme os relatórios anteriores, explicamos abaixo os custos efetivos do mês que passou, com o valor real da cota, e a previsão do mês corrente.

COTA REAL DE JUNHO

Conforme observamos no gráfico, o mês de junho apresentou um aumento nas despesas assistenciais da Amafresp, 29,63% em relação a maio e 16,10% a mais que a média do período. Junho foi o mês mais alto da série histórica.

Corroborando a previsão da cota apresentada no relatório anterior, as internações continuam representando o maior volume das despesas e apresentou um aumento de 5 (cinco) pontos percentuais em relação ao mês anterior:

Portanto, o maior impacto no aumento foi devido às internações, com um aumento de R$ 4.057.166,71 (40,35% maior que maio e 20,65% acima da média do período).

A quantidade de internações apresentou um aumento de 10,67% em relação a maio, mês de baixa utilização. Contudo, na média do período, ficou 2,28% menor. O aumento apresentado em junho, portanto, não foi decorrente da quantidade de internações. Dessa forma, o valor de cada internação ficou mais caro.

Um dos fatores que tem elevado os custos médios das internações é a influência da maior necessidade de diárias de UTI, ocasionada principalmente pelos casos de Covid. No mês de junho novamente identificamos um aumento representativo no uso de UTIs. Foram 53,23% em relação a maio e 19,10% em relação à média do período. Conforme relatórios anteriores, o custo de uma UTI é de três a quatro vezes maior que o custo de uma internação em apartamento.

Em função do aumento nas diárias de UTI avaliamos se haveria outro item que pudesse justificar o aumento. Como observamos no gráfico, o item materiais e medicamentos apresentou um aumento expressivo em relação aos meses anteriores:

Quando avaliamos isoladamente os materiais e medicamentos utilizados nas internações, percebemos que ambos apresentaram um aumento grande com 46,66% acima média nos Materiais e 54,23% nos medicamentos. Pela complexidade dos casos de internação e o tempo exigido para verificar as causas, ainda não temos o resultado da auditoria médica e de enfermagem que já iniciamos. No próximo relatório traremos o resultado dessa auditoria:

Em análise preliminar identificamos que os top 20 Materiais e Medicamentos, que representaram 28,66% e 45,62% respectivamente em junho foram:

Quanto aos exames, em relação a maio, junho apresentou um aumento de 7,72%, sendo que ficou 3,49% acima da média do período. Não foi o mês de maior utilização, mas reforça a tendência de retomada da utilização.

Em relação aos valores. constatamos um aumento de R$ 518.281,77, 22,33 % em relação a maio e 8,12% acima da média. Como podemos observar o aumento dos valores foi superior ao aumento das quantidades, portanto constatamos que os exames realizados foram mais caros.


Da mesma forma que ocorrido nas internações, identificamos que os materiais e medicamentos empurraram os custos dos exmes para cima com um aumento de 41,80% em relação ao mês anterior. Ele foi acompanhado pelo aumento das Tomografias com 48,89%, Ultrassom 24,74%, Análises Clinicas 18,41% e Ressonâncias 16,43%.

Nas quantidades apuramos o mesmo comportamento, mas o percentual foi maior em Tomografias com 37,20%. Acompanhado pelo aumento das Análises Clínicas com 18,33%, Ressonâncias 16,86% e Ultrassom com 14,09%.

As Compras Médicas, materiais e medicamentos comprados diretamente pela Amafresp para atendimento à demanda dos filiados, normalmente mais baratas do que o fornecimento dentro dos procedimentos da rede credenciada, também tiveram aumentos relevantes e impactaram no aumento da cota. Aumento de R$ 409.577,59 em relação a maio. Em junho apuramos o maior aumento da série histórica com 53,84% acima do mês anterior e 29,10% da média do período.

Conforme expusemos no relatório anterior, o aumento refere-se um paciente específico, cujo custo total com a medicação foi mais de R$ 275.000,00, além de pacientes que recorreram a cobertura da Amafresp para medicamentos de alto custo por falta de disponibilidade através do SUS, onde retiravam anteriormente.

As Consultas, apesar do aumento, ficaram próximas da utilização do mês passado e da média do período. Aumentou 1,78% relação ao mês anterior e 0,77% em relação à média do período.

Em relação aos valores apuramos um aumento diferente das quantidades. Em relação a maio foi 4,08% e 4,73% em relação à média.

Na análise das despesas em consultas, identificamos que o custo médio da consulta ficou mais alto devido à elevação da realização dos exames. Ficaram 26,29% mais caras em relação a maio e 19,64% a mais (quantidade).

Os atendimentos em Pronto Socorro continuaram abaixo da média do período. Em relação a maio, quantitativamente houve um aumento de 2,65%, porém 6,15% abaixo da média. Entretanto, o valor apresentou um aumento expressivo de 12,54% e 3,77% em relação à média.

Conforme nos relatórios anteriores, avaliamos os procedimentos característicos do protocolo de Covid-19. Para as Tomografias do Tórax não houve variação, porém no exame de Covid-19 identificamos uma alta de 26,24% em relação ao mês anterior.

Analisando as despesas nos atendimentos em PS, verificamos um aumento de consumo nos itens SADT e Materiais e Medicamentos, o que justificaria o aumento no valor de cada atendimento. Em outras palavras, cada consulta gerou mais exames e materiais e medicamentos e ficou mais cara individualmente.

Quanto as Quimioterapias e Radioterapias em junho sofreram mais uma redução de 17,30% em relação ao mês anterior e 21,08% em relação à média do período.

Na quantidade de pacientes atendidos também encontramos uma redução de 18,18% em relação ao mês anterior e 24,62% à média do período. Conforme relatórios anteriores a redução em quimioterapia não tem relação somente com a quantidade de pacientes tratados, mas com os ciclos de tratamento.  

A quantidade de Terapias apresentou uma redução em relação ao mês anterior de 15,67%. Porém ficou acima da média em  7,05%. Contudo, em relação aos valores, identificamos um aumento do custo unitário. O aumento foi de 6,28% em relação a maio e 18,11% em relação à média do período.

Analisando os tipos de Terapias, identificamos um aumento nas Hemodiálises, com 44,78% acima da média do período o que justifica o aumento do custo total, uma vez que se trata de um tratamento mais caro que as demais terapias.

Quanto à Fisioterapia, foi constatado novamente um quadro de aumento, 21,37% no valor em relação à média e 18,57% nas quantidades:

Concluímos, portanto, que em junho ocorreu um aumento em praticamente todos os tipos de atendimentos em relação a maio. E ainda observamos que a Pandemia do Covid-19 ainda está presente nos exames apurados no Pronto Socorro e em algumas das internações em UTI.

Portanto, o valor da cota real de junho apurado no início de julho, mostrou que a previsão estava correta.

PREVISÃO DA COTA DE JULHO

A previsão do valor para cota de julho foi de R$ 608,11. Apesar de um pouco menor do que a cota real de junho, R$ 634,67, confirma a indicação nos relatórios anteriores, de que a utilização está voltando aos patamares de antes da pandemia. Esse aumento só não é maior, considerando os aumentos nos atendimentos, materiais e medicamentos no período, porque temos conseguido boas negociações no reajuste dos contratos dos prestadores.

Destacamos que esse aumento não será repassado aos filiados no valor da cota a ser cobrada em agosto. Portanto faremos novamente um resgate no fundo de reserva da Amafresp no valor de R$ 1.940.003,22, conforme tabela abaixo. Essa medida numa perspectiva histórica está correta. Afinal não deveríamos ter formado um excesso de reservas além das legalmente previstas. Porém, também é certo que, se a tendência de alta persistir, teremos que cobrar o valor real da cota.

OBS: Custo e Cota Real de julho teremos no início de agosto

Dito isso, passamos então a explicar a previsão da cota de R$ 608,11 para julho. Verificamos que a pequena queda em relação a junho foi principalmente no custo menor das internações no período, sendo que em junho fechou em R$ 12.554.243,54 e em julho R$ 11.537.432,51. As dez internações com custo mais elevado somaram R$ 4.156.974,57 em junho, enquanto que em julho somaram R$ 3.031.088,58, conforme tabela abaixo:

Os outros custos assistências apresentaram, em julho, um valor R$ 673.637,74, maior do que em junho conforme pode ser observado na tabela:

Considerando a soma das internações e os demais custos assistenciais, em junho tivemos um valor de R$ 20.137.750,89, enquanto que em julho somaram R$ 19.794.577,60, portanto uma queda de R$ 343.173,29.

Outro fator que também contribui para a queda do valor da cota em julho em relação a junho, foi a queda do custo de medicamentos e matérias realizado pela área de compras médicas da Amafresp, que teve uma redução de R$ 192.424,75 em relação a junho (R$ 1.198.669,55 em junho e R$ 1.006.244,80 em julho).

Quanto as receitas de reciprocidade, em junho recebemos R$ 1.470.893,76, enquanto que em julho temos uma previsão de recebimento de R$ 2.293.509,82. Quanto as receitas de coparticipação e franquia recebemos R$ 48.807,88 em junho e temos a previsão de recebimento de R$ 136.207,86 em julho.

Contudo, em função da metodologia do cálculo da previsão, em que valor da taxa de administração do mês corrente é calculado em relação ao custo assistencial do mês anterior, a taxa administrativa paga pela Amafresp para a Afresp em julho foi R$ 363.757,91 maior do que a paga em junho, uma vez que a taxa de administração cobrada em junho foi sobre o custo assistencial de maio de R$ 17.893.720,77, e a cobrada em julho foi sobre o custo assistencial de junho de R$ 22.090.262,35 (R$ 1.252.560,45 em junho e R$ 1.616.318,36 em julho).

No cômputo geral, na previsão de julho teremos uma redução em torno de R$ 950.000,00, configurando uma queda no valor da cota no âmbito de R$ 26,00 (cota real de junho R$ 634,67 e cota prevista para julho R$ 608,11).

Finalizando, insistimos que o uso consciente da Amafresp é a melhor forma de abaixarmos o patamar do valor da cota. Acesse nossas redes sociais ou nosso site, assista os vídeos, leia os informes e veja como você e seus familiares podem contribuir.