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Especialista do H9J explica quando levar os filhos ao pronto-socorro
12 ago 2020 • admin
Tornar-se pai ou mãe é ser promovido a especialista em tombos, machucados, dores, quadros de febre e queixas de saúde em geral. Muitas vezes, só de ver a expressão no rosto da criança já é possível distinguir se o quadro é sério e preocupante ou não. No entanto, sabemos que, em certos casos, pode ser difícil determinar o que é uma urgência e o que é uma ocorrência médica comum. Tomar decisões imediatas que dizem respeito ao bem-estar de seu filho pode ser assustador, e uma simples dúvida entre ligar para o pediatra ou se dirigir ao pronto-socorro pode fazer toda a diferença nesse momento.
Principais sinais que indicam a necessidade de levar o pequeno ao PS
A Dra. Maria Amparo Martínez, coordenadora da Pediatria do Hospital 9 de Julho (H9J), reforça que, independentemente dos sintomas, o responsável pela criança deve, sempre que possível, tentar contato com o pediatra de confiança antes de buscar o PS, afinal, mesmo que a indicação de se dirigir até o local seja concreta, esse profissional pode fornecer orientações valiosas.
Confira a seguir a lista com os nove principais sintomas que apontam a necessidade de levar a criança ao pronto-socorro infantil:
- traumas leves, moderados ou graves que envolvam alteração do nível de consciência, desmaios, vômitos, sangramento de difícil controle ou desalinhamento de membros e/ou da coluna. Tanto traumas ortopédicos como os não ortopédicos demandam atendimento emergencial, como queimaduras ou mordeduras de cães, com lesões extensas e profundas;
- quadro febril associado a tremores, palidez e/ou presença de cianose (coloração arroxeada do lábio ou das extremidades);
- quadro febril associado a desconforto e/ou esforço respiratório;
- quadro febril associado a manchas vermelhas/escarlates/violáceas pelo corpo;
- convulsões e/ou alterações no nível de consciência; sinais sugestivos de convulsão, como tremores súbitos pelo corpo, também devem ser encaminhados àa emergência;
- reações alérgicas moderadas e graves, principalmente se houver associação com placas edemaciadas (inchadas) pelo corpo;
- vômitos e quadros de dor de difícil controle, associados ou não a febre;
- intoxicação medicamentosa ou por substância ilícita;
- recém-nascido e crianças com menos de 3 meses com febre e hipoatividade.
Além desses, outros sinais que também requerem atendimento de urgência são: tosse persistente; tosse e/ou ruídos respiratórios de início abrupto; edema (inchaço) e hiperemia (vermelhidão) nas pálpebras, nos lábios e/ou nas articulações, com aumento da temperatura local; vômitos e fraqueza com início súbito associados ao aumento da quantidade de urina e/ou de ingestão de água nos últimos dias; vômitos, evacuações e/ou urina com presença de sangue.
Os quadros clínicos listados abaixo NÃO demandam atendimento em PS
“Nos casos que não se tratam de emergência, muitas vezes um contato da família com o médico pediatra do paciente poderá evitar um deslocamento desnecessário ao serviço de pronto-socorro. Vejo isso como algo positivo, porque diminui os riscos de saúde aos envolvidos e evita estresse ao paciente, já que o ambiente hospitalar pode ser assustador para a criança, principalmente para as menores”, explica a Dra. Maria Amparo Martínez.
Fique atento à lista a seguir:
- febre com bom estado geral e boa atividade da criança;
- quadros respiratórios, com ou sem febre, com bom estado geral e boa atividade da criança, sem envolver dificuldade de respiração;
- quadros alérgicos leves;
- quadros dermatológicos leves e/ou crônicos;
- quadros de cefaleia recorrente sem outros sintomas associados;
- quadros de dor abdominal recorrente sem outros sintomas associados;
- quadros ortopédicos recorrentes ou crônicos;
- dificuldade de alimentação sem associação com quadros agudos de febre, dor abdominal, vômitos ou cefaleia;
- cólicas no recém-nascido;
- sintomas vagos, inespecíficos e recorrentes em crianças mais velhas;
- casos de dor no peito ou palpitações recorrentes sem outros sintomas associados.
Fonte: Blog do Nove